Por que o ouro não é uma cobertura contra o dólar

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Por que o ouro não é uma cobertura contra o dólar

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Anonim

Dennis Gartman, um comerciante de commodities bem conhecido que publica The Gartman Letter, considera o ouro como um investimento convincente, mas usar o dólar para comprar o metal precioso é um assunto bastante diferente do que comprá-lo com o iene ou o euro. Gartman enfatiza a quantidade variável de estímulo monetário usado pelos bancos centrais e o conseqüente impacto nos valores cambiais.

Política do Banco Central

Nos anos que se seguiram à crise financeira, os bancos centrais em todo o mundo usaram política monetária muito liberal em um esforço para criar empregos, manter a inflação em um nível desejável e melhorar as condições de negócios no geral.

No início, essas políticas incluíam reduzir as taxas de juros de referência próximas a zero e embarcar em programas de compra de títulos. Com essas medidas, os bancos centrais esperavam colocar uma pressão descendente sobre as taxas de juros e expandir a oferta monetária através de compras de ativos. Ao colocar mais dinheiro nas mãos das pessoas, os formuladores de políticas esperavam estimular o consumo e o investimento mais robustos.

A economia da U. S. se recuperou mais rapidamente do que muitos outros, e o Fed anunciou em outubro de 2014 que não mais compraria ativos de renda fixa. Em dezembro de 2015, o banco central anunciou que planejava aumentar as taxas de juros de referência pela primeira vez desde 2006.

O Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão (BOJ) tomaram uma abordagem diferente, decidindo aproveitar mais estímulos em um esforço para fortalecer as condições econômicas. As duas instituições financeiras continuaram a alavancar os programas de compra de ativos depois que os Estados Unidos pararam e também se debruçaram em programas negativos de taxas de juros, que eram experimentais na época.

Como o BCE e o BOJ tomaram essa abordagem liberal em relação às políticas monetárias, suas moedas se depreciaram. Como resultado dessas flutuações cambiais, o ouro experimentou retornos claramente diferentes, dependendo se esses ganhos são mensurados em dólares norte-americanos, euros ou ienes. O ouro é uma moeda própria, que o homem amou por algum tempo, argumenta Gartman.

A Importância das Moedas

Entre o início de 2014 e julho de 2016, o ouro gozou de um desempenho muito melhor quando medido no euro do que em termos do iene e do dólar norte-americano. Durante esse período, o ouro medido no euro subiu 40%, enquanto o ouro em termos de iene e o dólar de U. S. aumentaram 8,4% e 14%, respectivamente.

Por isso, o ouro, medido pelo euro, gozava de um mercado de touro por dois anos e meio, enquanto o metal precioso estava crescendo há seis meses em termos do dólar norte-americano. Com este pano de fundo, Gartman sugere que os investidores adquiram ouro denominado em moedas fiduciárias com as maiores chances de se depreciar.

Pode haver muitos para escolher; A Gartman lista uma ampla gama de bancos centrais - incluindo o Banco da Reserva da Rússia, o Banco do Povo da China e o Banco Central do Brasil - que todos estavam agindo para aumentar sua oferta monetária.Gartman prevê que essas instituições financeiras usarão essa abordagem por algum tempo, porque a inflação permanece teimosamente baixa.

Resumo

Muitos apresentaram o recurso de ouro como um investimento, e o metal precioso produziu retornos convincentes em vários pontos. Os investidores podem querer manter o ouro denominado em várias moedas se eles esperam que os bancos centrais de todo o mundo continuem injetando liquidez na oferta monetária, afirma Gartman.

No entanto, se esses investidores esperam que o Fed use uma política monetária mais conservadora do que o BCE e o BOJ, eles podem ter motivos muito maiores para possuir o ouro denominado no euro e no iene do que no dólar norte-americano. Além disso, eles podem tirar a lição aprendida aqui e aplicá-la a outras moedas potencialmente impactadas por uma política de dinheiro fácil, como o rublo russo ou o real brasileiro.